O diretor de Operações Tecnológicas do Lactec, Lauro Elias Neto, foi um dos convidados do Brazil Windpower 2021 para debater questões relacionadas à digitalização e à segurança cibernética no setor elétrico, com foco no segmento eólico, junto de representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do Operador Nacional do Sistema (ONS) e da Engie, concessionária de geração e transmissão de energia.
O executivo do Lactec falou sobre as tecnologias exponenciais, que estão potencializando novas soluções digitais, como inteligência artificial, blockchain, machine learning e 5G. “Temos um cenário propício para que a digitalização aconteça com toda sua força”, afirmou Elias Neto. Para ele, a digitalização no setor de energia está muito conectada ao momento de protagonismo dos consumidores, mas pode trazer benefícios ao segmento eólico para aprimorar, por exemplo, as prospecções do potencial eólico e a eficiência dos parques.
Elias Neto também chamou a atenção para os ataques cibernéticos a empresas do setor elétrico, que passaram a acontecer com mais frequência durante a pandemia, e da importância de pensar na segurança de forma integrada, considerando não só a vulnerabilidade tecnológica, mas também as pessoas, processos e o ambiente. “Com mais cooperação, geramos mais conhecimento e mais segurança para o setor de energia”, destacou.
O consenso entre os debatedores foi de que os dois temas – digitalização e cibersecurity – estão intrinsecamente ligados, pois os investimentos na automação das operações e em sistemas de segurança de dados precisam acontecer em paralelo.
A regulamentação da política de segurança cibernética para o setor elétrico também ganhou ênfase durante o debate. O ONS já deu um importante passo nesse sentido ao lançar, em julho deste ano, a Rotina Operacional RO-CB.BR.01, estabelecendo controles mínimos de segurança cibernética para o Ambiente Regulado.
O Brazil Windpower 2021 – um dos maiores eventos do segmento eólico no país – foi promovido na última semana pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) e o Global Wind Energy Council (GWEC), em parceria com o Canal Energia.
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Foto: Waldemar Brandt/Unsplash
